Tony Almeida reviewed A Biblioteca da Meia-Noite by Matt Haig
A Biblioteca da Meia-Noite
4 stars
“E se…”. Esta é basicamente a premissa deste livro de Matt Haig, um autor que tem colhido muita simpatia junto dos leitores, sendo este o primeiro livro que leio dele.
Nora Seed é uma jovem que, ao contrário do futuro promissor que ela julgava que estaria ao seu alcance, vê a sua vida estancada, sentimento este agravado pela angústia de ela julgar que ninguém sente a sua falta. Esta conjugação de fatores são de tal maneira opressores que Nora procura a saída mais fácil, pondo um fim a sua vida. No entanto, ela acaba por encontrar-se numa espécie de limbo, uma biblioteca cheia de volumes, sendo que em cada volume está a história da Nora caso tivesse tomado uma decisão diferente, num determinado ponto da sua vida, com todas as implicações aí resultantes. Ele tem aí, então, a oportunidade de poder testar várias das possíveis vidas que poderia ter alcançado, …
“E se…”. Esta é basicamente a premissa deste livro de Matt Haig, um autor que tem colhido muita simpatia junto dos leitores, sendo este o primeiro livro que leio dele.
Nora Seed é uma jovem que, ao contrário do futuro promissor que ela julgava que estaria ao seu alcance, vê a sua vida estancada, sentimento este agravado pela angústia de ela julgar que ninguém sente a sua falta. Esta conjugação de fatores são de tal maneira opressores que Nora procura a saída mais fácil, pondo um fim a sua vida. No entanto, ela acaba por encontrar-se numa espécie de limbo, uma biblioteca cheia de volumes, sendo que em cada volume está a história da Nora caso tivesse tomado uma decisão diferente, num determinado ponto da sua vida, com todas as implicações aí resultantes. Ele tem aí, então, a oportunidade de poder testar várias das possíveis vidas que poderia ter alcançado, se…
Haig parte de uma ideia interessante que é mais do que fazer uma narrativa das várias das possíveis vidas de Nora, mas antes sobre a a nossa essência. Muitas vezes não são as decisões que tomamos e que nos levam por determinado caminho, mas aquilo que temos por termos seguido aquele percurso em particular. Mais do que lamentar ou sonhar o que poderá ter sido “se”, devemos olhar para o que temos no nosso agora.
A narrativa é por vezes divertida, com alguma introspeção, mas por vezes torna-se um pouco repetitiva, na medida em que a receita de “vamos lá experimentar mais uma vida” começa a ser usada um pouco de forma abusiva. No final, não posso deixar de comparar com o livro o “Alquimista”, de Paulo Coelho, onde a personagem faz todo um percurso para encontrar um tesouro que, afinal, se encontrava no ponto de partida.
Mesmo assim, um livro que recomendo, em particular para leitura estival.