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Ulrich Lins: Dangerous language : Esperanto under Hitler and Stalin

This is Volume 1 of Dangerous Language. This book examines the rise of the international …

O fascismo não admite a neutralidade

A história do esperanto sob o fascismo é a demonstração dos do perigo de pretender não significar-se politicamente. O movimento esperantista nasceu para resolver a questão dos desequilíbrios de poder entre falantes de línguas diferentes (pretende ser uma língua auxiliar fácil de aprender a fim de evitar que tenham de mudar de língua sempre os mesmos), mas sem pretender entrar noutras questões políticas. Esta suposta "neutralidade ideológica, a ideia de não incomodar ninguém para poder sobreviver, arrastou boa parte dos esperantistas europeus para campos de concentração. O fascismo não aceita a neutralidade: se não concordares connosco, és contra nós; e mesmo se colaborares connosco, se tiveres alguma ideia mais ou menos exótica, também és um perigo potencial.

Por outra parte, a história do debate sobre o "Esperanto" fornece argumentos úteis para combater a falácia de "a língua só serve para comunicar". Uma língua que não evidencia a hegemonia de uns povos sobre outros só interessa aos perdedores desse confronto. Para o dominador o esperanto é tão inconveniente quanto um dominado insubmisso.

Relativamente à União Soviética, este volume acaba "in media res", de maneira que não posso opinar. Será uma das próximas leituras.