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Não diz só respeito a Vermis, mas o que é atraente na moda da ficção nostálgica medieval (provavelmente mais preponderante em jogos) é o confrontar dos romances clássicos alicercados em honra, juramentos e heroismo, tirar-lhe essa mesma fachada de romance e mostrar o aspecto transitório da vida e o sofrimento que lhe é inerente e que tentamos maquilhar. E que nos faz pensar, como em Vermis, se quando se dá a nossa morte física, não estaríamos já mortos há muito tempo

às vezes gosto muito que o James repita a mesma coisa mil vezes mas às vezes não

como marxista, o que mais gostei foi da crítica a Lenine

É difícil acompanhar totalmente o texto se não se tiver já alguma bagagem com o vocabulário que Derrida aqui utiliza e há que dar-lhe o valor por tentar explicar a mesma coisa de várias formas diferentes para o caso de o ouvinte não ter esse conhecimento prévio. Ainda assim, dado a relativa simplicidade dos conceitos não era possível abordá-los com uma linguagem que não envolva inventar formas de dizer coisas que já temos forma de dizer? Ainda para mais dada a incrível importância do tema: a memória, o arquivo, a manipulação da memória e do arquivo e a sua disputa. Recorri a alguns sumários complementares e ajudou.

James C Scott faz um debate sobre o papel da agricultura na acumulação primitiva durante a formação dos primeiros estados, acho bué interessante para entender dinâmicas de expropriação e também entender a carga ideológica de alguns conceitos relacionados com a forma como pensamos a história, como "colapso" e "progresso". Também se lê bué bem e ainda que ele se repita um bocado ajuda a interiorizar bem algumas coisas, já que as vai dizendo de várias formas diferentes

Percebi alguma coisa? Não sei. É como se alguém tivesse criado pequenos cenários de grande violência estética, coisas que parecem impressionantes, como o processo de construção de mundos de uma criança a brincar com legos mas sempre com um desconforto a pairar por detrás. Não se precisa de dizer nada para ser arte impactante.